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Relatores confirmados nos Parques de Estudo e Reflexão Attigliano

Primeiro sessão: O conhecimento e sua aplicação


Angelo Baracca
Físico Nuclear. É profesor de Física na Universidade de Florença. Publicou vários livros e desenvolveu investigações em diversas áreas da Física, da História e da Crítica da Ciência. Há muitos anos se ocupa do problema dos armamentos nucleares e das relações internacionais, com uma participação ativa no movimento pela Paz e o Desarmamento. Escreve regularmente em revistas dedicadas a este tema. Escreveu vários livros sobre o tema nuclear, entre os quais se encontra: A volte ritornano: il nucleare. La proliferazione nucleare, Ieri, oggi e soprattutto domani (“Às vezes, voltam: o nuclear. A proliferação nuclear. Ontem, hoje, e, sobretudo, amanhã”). Apoiou a campanha contra o Escudo Espacial na Europa e aderiu à Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência.

 

Título da intervenção:
Construir juntos as bases e o método de uma ciência nova, para uma justiça planetária e ambiental

RESUMO
A Ciência moderna é o produto da sociedade ocidental e assimilou a lógica da exploração dos recursos e do trabalho humano com o objetivo de obter ganho. Esta lógica está provocando a destruição do ambiente e dos recursos, ao mesmo tempo em que promove um tipo de desenvolvimento que agrava as injustiças sociais, a opressão do homem pelo homem, os danos, as enfermidades, as guerras. Uma ciência capaz de inverter estes paradigmas e métodos não pode ser resultado do trabalho de uma comunidade de especialistas distante da sociedade humana, como é a atual comunidade científica que, em seu fazer, na alarmante maioria dos casos, submeteu-se aos interesses das classes dominantes e à sua lógica de opressão e exploração. Se esta lógica não mudar, o futuro do gênero humano, do ambiente natural e do planeta, correrão sérios riscos. Não resta um só caminho para inverter a tendência, enquanto tenhamos tempo. Agora, mais do que nunca, é necessário que os indivíduos organizados no tecido social – acima e além de limites geográficos e diferenças de qualquer tipo – consigam expressar necessidades coletivas fundadas na igualdade, na justiça, no equilíbrio com o ambiente e construir sobre elas uma nova ordem, uma nova cultura, novos conhecimentos e nova práxis. É difíil prever quais poderão ser as bases e os conteúdos de uma nova ciência fundada sobre tais princípios, já que, em toda história passada, as necessidades das massas, como os direitos fundamentais das pessoas, os equilíbrios da natureza, foram negados, oprimidos materialmente ou distorcidos de maneira subreptícia pela retrita elite planetária que tem o poder. A humanidade deverá adquirir a consciência e a força para impor como princípios fundamentais o respeito e o desenvolvimento do indivíduo, sua saúde e equilíbrio, a recuperação de uma relação harmoniosa com a natureza e seus recursos. Os conhecimentos e métodos da nova ciência deverão, em primeiro lugar, adequar-se aos mecanismos e processos da natureza e não forçá-los para sua exploração com a presunção dos Aprendizes de Bruxos (quando não se convertem, inclusive, em Doutores Strangelove), que crêem ser melhores do que a natureza, enquanto provocam reações cada vez mais graves e irremediáveis. O desafio parece titânico porque o Moloch que domina o mundo acumulou uma força sem precedentes e mostra-se decidido a prosseguir seu caminho com todos os meios:a única força que temos é a razão e, certamente, não existe outra via!
Pietro Chistolini
Físico. É investigador do Instituto Superior de Saúde de Roma. Autor de numerosos escritos sobre Física e Biomecânica em revistas e publicações especializadas e congressos internacionais. Autor de Principio Antrópico junto com o Prof. Salvatore Puledda
Título da intervenção:
Euclides e a ameba: diálogo improvável em torno aos fundamentos da geometria e do espaço na cultura ocidental.
RESUMO
Tomando como pretexto a geometria euclidiana, se expôe alguns aspectos que marcaram fortemente a civilização ocidental. Os axiomas e os teoremos euclidianos são considerados pelo pensamento ocidental quase um texto sagrado. Toda a história do Ocidente, e da ciência em particular, pode ser lida como uma tentativa de dar um caráter geométrico, matemático, ao mundo. Porém, talvez ainda mais interessante e, por certos aspectos, surpreendente, possa ser a reflexão em torno a essa narração pluri milenar, gerada a partir da observação do que sugere um simples organismo unicelular: a ameba.
Federico Pistono
É diretor, blogger e informático. Em 2002, aos 16 anos, ganhou uma bolsa de estudos para o Colégio Internacional UWCAD, onde recebeu uma educação centrada no compartilhar de ideias entre culturas diversas, ao viver longe de seu lar com 200 estudantes de 82 países.
Em 2007 fundou “Grilli biellesi” (http://www.grillibiellesi.org/), uma associação sem fins lucrativos, de voluntariado, para o compromisso cívico e a tutela dos direitos dos cidadãos, cujos temas de interesse são: energia, informação, desacordos, conectividade e a tutela da água como direito à vida.
Desde 2008 trabalha em Verona, em uma media farm, como diretor e programador web, interessado nos novos meios de comunicação e no papel das tecnologias na sociedade.
Em 2009 recebeu o diploma de informática na Universidade de Verona, departamento de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais, com o título da tese Open source implementations of encoding algorithms for video distribution in the HTML5 era. Neste mesmo ano, ganhou uma competição internacional de blogging e jornalismo, organizada pelo Centro Europeu para o Jornalismo e foi enviado ao COP15 de Copenhague para cobrir os acontecimentos da conferência sobre o clima (http://federicopistono.org/).
Desde maio de 2009, é o coordenador italiano do Movimento Zeitgeist (http://zeitgeistitalia.org/), movimento internacional que se define como o braço ativista do Projeto Vênus. O projeto Vênus é uma organização sem fins de lucro que propõe um plano de mudança social, buscando uma civilização pacífica e sustentável através da utilização consciente da tecnologia, convidando a um completo redesenho de nossa cultura, em que os velhos problemas de guerra, pobreza, fome, dívida e sofrimento humano não necessário são vistos não só como evitáveis, mas também como absolutamente inaceitáveis.
Em julho de 2010, a pouco mais de um ano de sua fundação, o Movimiento Zeitgeist conta con mais de 420 mil inscritos em todo o mundo.
Título da intervenção:
O Projecto Vênus e o Movimento Zeitgeist
Segundo sessão: A organização social e o meio ambiente
Pat Patfoort
Antropóloga flamenca belga, nascida em 1949. É docente, treinadora e mediadora a nivel internacional no campo da Trasnformação e da Gestão Não-Violenta do Conflito. Autora de diversos livros e artigos, traduzidos em vários idiomas. Co-fundadora e diretora do centro para gestão não-violenta do conflito De Vuurbloem (“La Flor de Fuego”) em Brujas, Bélgica. Dá aulas e conferências em muitas universidades do mundo (Bélgica, Itália, Holanda, Suiça, Espanha, Estados Unidos, Rússia, entre outras).
Título da Intervenção:
Educar em não-violência, não é uma utopia, mas uma escolha concreta e eficaz.
RESUMO
Educar em não-violência significa colocar verdadeiramente em prática em nossas relações com as crianças, valores tais como a escuta, o respeito, a tolerância e o amor em direção aos outros e a nós mesmos. Quando não o fazemos, em geral, não é porque não queremos, mas porque não sabemos como fazê-lo.
O método MmE (ou Maior-menor-Equivalência) nos oferece um sistema para realizar isso que desejamos tão ardente e profundamente: construir com e através de nossos filhos um mundo em que cada pessoa possa se sentir feliz por viver e desenvolver-se.
Pat Patfoort, que criou o método MmE e que o utilizou e comprovou por várias décadas em muitos lugares do mundo, com grupos múltiplos e em situações muito variadas, vem apresentar-nos este método, ilustrando-o com muitos exemplos vividos, alguns por ela mesma.
Cinzia Mion
Psicóloga e formadora de A.N.DI.S. (Associação Nacional de Dirigentes Escolares – Itália).
Terceiro sessão: Intangíveis histórico-sociais que servem de modelo à sociedade
Elfo Frassino
Presidente do CONACREIS (Coordenação Nacional das Associações e Comunidades de Busca Ética, Interior e Espiritual – Itália). É prefeito do município de Vidracco (Turín), eleito pela lista da Federação de Damanhur “Con te per il Paese” (“Contigo pelo país).

Emma Viviani

Título da intervenção
Cidade, marginalização, auto-projeção: Por uma nova cultura do território.
RESUMO
A marginalização se vive não somente como um fenômeno social (e institucional), como também espacial e cultural, que produz formas de vida originais e criativas, as quais se forem aproveitadas, podem ser convertidas em elementos inovadores no tecido urbano e propulsores de energias novas para a cidade. A força necessária para gerar uma mudança no espaço social e cultural é notável, e cresce lentamente no âmbito dos micro-fenômenos sociais, os quais a cidade nem sempre presta atenção, já que se sente resguardada por seus vigias e fortes, através do controle institucional e da segurança. Cria-se uma tensão entre potências equivalentes: por um lado, a cidade exclui e despreza a diversidade, mas pelo outro é precisamente de sua resistência, das profusas energias da marginalidade, que a cidade terá garantida sua sobrevivência; os guetos nova-iorquinos são exemplos concretos disso; assim como os bairros da Venezuela. Estes são exemplos de lugares excluídos que vivem a margem da cidade “formal”, em um mundo paralelo, conservando as tradições africanas e dos povos tribais. São precisamente estes mundos feitos por personagens não aceitos pela cidade, por que não cumprem os requisitos para acessar a ela, os que desenham no tecido urbano novas tramas de vida: ricas de cultura, de sabores e sons diversos; onde se mantêm vivas as tradições e as culturas de um povo. Estes novos elementos, a principio desprezados, se difundiram lentamente e geraram novas modas, como Blues, o Jazz, o Rap... Geralmente são as gerações jovens as que captam as inovações provenientes do mundo da periferia, dos guetos nova-iorquinos, as que se convertem em mediadores entre a cidade institucionalizada e a informal. Construir a cidade começando pelos “excluídos” não é uma utopia ideal, senão concreta: uma necessidade.
Emma Viviani, que dirigiu a experiência do PARQUE SOCIAL EL FÊNIX em Viareggio, em colaboração com a FUNDACION MICHELUCCI DE FLORENCIA e a UNIVERSIDADE DE PISA, faz um traçado metodológico de auto-projeção, tanto dos espaços externos e internos da pessoa, levando em consideração a sustentabilidade humana além da ambiental e social.
Emanuela Fumagalli
Ativista de “Mundo sem Guerras e sem Violência”, organização pertencente ao Novo Humanismo.
Sergey Nizhnikov
Licenciado em 1989 em Filologia e em 1993 em Filosofia na Universidade da Amizade entre os Povos, Rússia, consegue o doutorado em Historia da Filosofia com a tese “Metafísica da fé na filosofia russa”. Na mesma universidade começa sua atividade didática e, a partir de 2003, é professor de Historia da filosofia e filosofia política (ministrando o curso “Protótipos das culturas filosóficas do Oriente e do Ocidente”, entre outros) no Departamento de Historia da Filosofia. Recebeu fundos para a pesquisa por parte do Ministério da Educação, a “Russian Foundation of Humanities” e o “ISE-Center” de Moscou, para desenvolver estudos sobre a interação intercultural e a globalização e sobre seus aspectos filosóficos e metafísicos. Publicou diferentes artigos científicos, principalmente sobre conhecimento espiritual e filosófico e sobre o diálogo cultural entre o Oriente e o Ocidente. É, ainda, um estudioso de Kant e de sua metafísica da fé. Expôs seus trabalhos em congressos internacionais de filosofia na Turquia, nos Estados Unidos, na Rússia, na Coreia do Sul. É membro da Sociedade Filosófica russa.
Título da intervenção:
Os riscos do conhecimento espiritual em diferentes culturas
RESUMO
Ainda que pareça que o conhecimento espiritual e seus métodos se diferenciem muito, dependendo do tipo de cultura e tradição existentes; e mesmo que tal ponto resulte ser impossível encontrar alguma coesão, a análise da cultura e da  filosofia oriental e ocidental, antiga e moderna, leva à compreensão substancial da coesão do conceito do espiritual e do seu conhecimento, que é próprio do ser humano e da humanidade em geral. O conceito do conhecimento espiritual se divide nos diferentes ramais de sua realização, mas em tantos campos diversos e contraditórios, quantos são a filosofia, a religião e a arte, se se observa sua  coesão interior, a qual representa o espiritual como tal.
O conhecimento espiritual é o sentido e a forma culminante da manifestação da vida humana consciente. Não está fora ou acima da vida, e sim em sua própria substância, que se abre somente no processo da transcendência. A vida subiu ao nível espiritual por meio do ser humano, para se compreender a si mesmo e, a partir desta autoconsciência, chegar a um novo salto qualitativo em seu desenvolvimento evolutivo. O conceito do conhecimento espiritual não se considera como uma categoria metafísica (o espírito), e sim se define como o processo do conhecimento de si mesmo, que leva ao desenvolvimento da essência do ser humano. A categoria da essência humana é o principal conceito ao redor do qual se estrutura todo o variado conjunto de problemas do conhecimento espiritual. Neste conhecimento se embasa o humanismo como concordância entre a existência do ser humano e sua essência. O ramo do conhecimento espiritual pertence à esfera do raciocínio, que se situa acima da vida empírica do ser humano. Mas na verdade é sua realização, seu sentido e sua essência. O conceito do conhecimento espiritual se elabora e se aperfeiçoa dependendo da profundidade e capacidade do raciocínio do ser humano na História. A esfera do raciocínio produz, ainda, a problemática espiritual – interpretada, em filosofia, com conceitos através do pensamento; em religião, em forma de símbolos e imagens, através da fé. As ideias metafísicas da filosofia e os símbolos religiosos têm coesão espiritual, porque tanto um quanto o outro  pertencem à esfera do raciocínio, cujos conceitos principais são: o conceito de Deus e a categoria da existência, ou segundo a filosofia de Aristóteles “da essência”.
Os conceitos antes mencionados são as analogias da natureza humana; seu conjunto de problemas e contradições que repercutem nos problemas e contradições da vida do ser humano, e sua posição no mundo. O conhecimento espiritual e o desenvolvimento da essência humana levam ao protótipo espiritual da humanidade. Este protótipo reúne dentro de si mesmo a Verdade, a Bondade e a Beleza, sintetizadas pelo Amor. Reúne, ainda, a religião, a filosofia e a arte como diferentes formas de conhecimento espiritual. É necessário destacar as principais características do conhecimento espiritual, tais como transcendência e existência. No processo da transcendência o ser humano sai dos limites de sua vida pessoal, amplia os horizontes da consciência, abre sua imanência, mas somente se isto afetar a sua própria existência.
O sentido do fenômeno espiritual, em outras palavras, é a atitude do ser humano em direção a sua própria vida, seu Eu e o mundo no qual vive. O conhecimento espiritual se revela através da compreensão, por parte do ser humano, do sentido de sua própria existência, e expressa sua atitude em cada momento de sua própria vida desde o ponto de vista da Eternidade. E esta atitude não é induzida a partir do exterior, mas sim acaba por ser o fundamento da própria vida, a essência imanente que se ao transcendental.
Sasha Volkoff
Engenheiro de Computação. Co-fundador e presidente do Centro de Estudos Humanistas de Barcelona. Membro do Grupo de Promoção do Centro Mundial de Estudos Humanistas. 
Estudioso da psicologia do Novo Humanismo por mais de 20 anos, publicou suas conferências “O Comportamento Irracional” e “Kant e a Ética Atual” nos volumes “Fronteiras da Injustiça” e “Faróis do Pensamento”, ambos editados pelo Liceu Joan Maragall de Filosofia da Catalunha. 
Desenvolveu e coordenou oficinas de “trabalho pessoal” em vários países latinoamericanos, na Europa e na África. Nascido na Argentina, vive atualmente em Barcelona.

Título da intervenção

Raízes espirituais de uma cultura não violenta

Estamos pré-definindo o programa das intervenções, baseando-nos nas confirmações recebidas. Será publicado na página o quanto antes.
É possível participar como relator tanto nas áreas de intervenções como nos painéis.
Para solicitá-lo é necessário completar o módulo de inscrição.
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