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Relatores 2. bloco

Organização Social e o Meio Ambiente

Relatores participantes na área: Direito & Lei. Políticas e Economias
Hervé Andrés
Hervé Andrès (1966) é doutor de ciências políticas da Universidade Denis Diderot – Paris 7 (2007). Ele trabalha como engenheiro no centro nacional de pesquisa cientifica em Nice, num laboratório que é especialista em pesquisa sobre migração e relações interétnicas. Seu PhD lida com a questão dos direitos de voto para estrangeiros, e é visto como um insight revelador do modelo democrático das crises dos Estados modernos soberanos. Um novo tema possível para futuras pesquisas estão conduzindo Hervè a estudar também o entretenimento desportivo como um fenômeno político, principalmente na questão da nacionalidade no esporte.

TÍTULO DA INTERVENÇÃO
A exclusão de estrangeiros na votação: contradição fundamental entre soberania e democracia.
RESUMO

Em um de cada três países no mundo, estrangeiros podem votar, no mínimo, em algumas cédulas. Ainda, nenhum país no mundo reconhece a política estrita de igualdade entre seus nativos e seus estrangeiros residentes. Desse modo, o paradigma que considera cidadania como um relacionamento de fidelidade a um Estado soberano, é predominante na prática, e mais ainda em suas mentes. Atualmente, o direito ao voto é a principal ferramenta – simbólico e instrumental ao mesmo tempo – que marca a formação de uma comunidade política e contribui para a legitimação de seus mecanismos de tomada de decisão. Estrangeiros, se residentes na comunidade política em questão, estão sujeitos às mesmas decisões políticas, como os nativos. Se eles são excluídos do direito ao voto, não podem contribuir com as decisões que os afetam, e isso causa um problema de legitimidade democrática. As soluções adotadas por diversos países para incluir, no mínimo, uma categoria pequena de estrangeiros em, pelo menos, certas categorias eleitorais, contornam os problemas básicos, sendo essas a ligação entre soberania e democracia. Democracias modernas muitas vezes são desenvolvidas por meio da ficção da soberania dos povos (ou nações). Porém, uma formação da demanda da democracia, além de definições legalísticas, levam à interrogação sobre a ligação entre os dois princípios de democracia e soberania. A questão dos direitos de voto para estrangeiros é, portanto, vista como o ponto-chave do conflito entre os dois, o que abre caminho para a reflexão renovada a cerca de uma concepção de democracia para os imigrantes.

 

Stefano D’Errico
Stefano D’Errico (1953) participou do movimento estudantil de 1968 e, posteriormente, de diversas experiências comunitárias daquele período. Ativo no anarquismo Romano, ele trabalhou por muito tempo nas revistas “A” e “Umanitá Nova” (Nova Humanidade). Ele é um dos fundadores da Cooperativa Bravetta 80, uma experiência-piloto no Capitolino, uma área autoadministrada do “movimento” contra a institucionalização do vício de drogas e a recuperação das classes urbanas inferiores. Ele desenvolveu uma grande pesquisa coletiva no campo, conforme relatado no AA.VV. e em La diversitá domata. Cultura della Droga, integrazione e controllo neu servizi per tossicodipendenti (a cultura da droga, integração e controle em serviços para os dependentes de substâncias tóxicas (editado por R. de Angelis, Instituto Plácido Martini – Officina Edizioni, Roma, 1987) Ele estava entre os líderes dos Comitês de Base da Escola, em 1990. D’Errico tornou-se o secretário nacional da Confederação Italiana de Base UNICOBAS, o primeiro exemplo real do sindicalismo de comércio interprofissional na Itália. Nos anos 90, ele também contribuiu para o desenvolvimento da associação cultural “I’Altrascuola”, e foi ativista na área de aprimoramento de professores, na promoção de estudos e em conferências. Ele escreveu a introdução de “A scuola fra Le culture dês mondo (A escola entre as culturas do mundo”; D. Rossi, Teti Editore, Milão, 2000) e um livro sobre sindicatos, Tutti i contratti. Manual do usuário (U Book – Rubbettino, Catanzaro, 2000).
Enrico Longo
Doutor em Economia e Comércio. Em 2001, ele começou suas atividades no Movimento Humanista, e, em 2003, renunciou ao cargo no mundo de bancos e finanças. Ele agora é responsável pelos projetos ESF e professor de economias no âmbito do Agenzie Formative (Agências de Formação) de Piedmont. Ele co-fundou a Associazione Culturale Jak Bank Italia (Associação Cultural do Banco JAK da Itália), uma organização que objetiva a reprodução do modelo bancário Sueco, sem interesse na Itália, e, em 2008, ele foi eleito presidente. No mesmo ano, ele foi o orador na Conferência Internacional sobre Ética Financeira realizada em Turim, em co-parceria com o Banco Jak Medlemsbank, com representantes de organizações internacionais de ética financeira, com a Universidade de Turim, com o circuito MAG e com o Banco de Ética Popular.

Tópico:
O Papel de Bancos na Desigualdade e um Futuro Sem Interesses

RESUMO
O despontar de uma nova civilização está próximo. Setecentos anos se passaram desde que os mercadores-banqueiros de Florença e de Veneza compreenderam a lei do melhor rendimento, experimentando empiricamente, a qual, séculos depois, o pragmatismo Inglês formalizou a tese da mão invisível. A escravidão imposta pelos bancos há muito produziu sua própria antítese, e agora precisa desesperadamente da síntese que permite a superação do velho pelo novo.
O supertanque da economia de mercado livre cruzou os oceanos da economia, avançando lenta e silenciosamente, navegando através de uma vibração negra. Sua vagarosidade revelou um poder destrutivo, dando tamanho e peso a ele. Uma nova consciência global deu a ordem de prisão, mas os comandantes sabem que os seus enormes navios não pararão sem primeiro terem ainda atingido dezenas de quilômetros. Em um curto espaço de tempo que permanece, eles não podem salvar seu precioso carregamento e, na tentativa, afundarão com ele.
A superestrutura dos interesses gerados pelas leis da senhoriagem e implementados a partir do mecanismo vil da reserva fracional tem permitido, por séculos, a criação de dinheiro ex nihilo. Do nada, de contas virtuais, de bancos que sugam, como bombas de drenagem imparáveis, a riqueza gerada pelas pessoas que trabalham. Nós damos a eles nosso dinheiro, e nosso dinheiro tem incentivado o câncer do financiamento, um arranha-céu construído sob uma fundação de papel, e projetado para alimentar unicamente o setor bancário  para melhor rendimento.
Nos últimos anos, os bancos cresceram fortemente em suas atividades. Alguns orçaram em excesso ativos do produto interno bruto de seus países. A verdadeira situação é, depois de ter ditado o Tratado de Mastrique, que isso tudo tem revelado seu poder, políticas e dinheiro, como o último ato de força. Para aqueles que desejam saber mais, não há necessidade de explicar os detalhes do massacre. Basta olhar para a fome, para a morte e para o sofrimento como um manto negro que cobre todo o planeta. A fundação cedeu. Isso é para todos nós implementarmos um novo modelo. A nuvem de detritos e poeira que, por muito tempo, obscureceu a vista é cortante, e a luz de uma nova civilização mostra seus raios.

Alessandro Pizzoccaro
Empresário, fundador da GUNA, a 5ª companhia farmacêutica no mundo que atua no ramo das medicinas natural e orgânica. Apoiador ativo de um paradigma médico não-violento, ele conduziu sua empresa a se tornar a melhor em termos de comprometimento social. Ele foi o principal apoiador do setor italiano da Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência, em 2009.

Tópico
Felicidade Nacional Total: Dos Paradigmas do Século 20 à Verdadeira Medida do Bem-Estar

Relatores participantes na área: Educação e Saúde

Mario Betti
Titular de um diploma em Medicina e Cirurgia e especialista em Psiquiatria, ele completou o curso de treinamento em Psicoterapia Relacional. Ele é autor de inúmeros livros e artigos. Ele teve quatro anos de treinamento em Medicina Psicossomática, no Instituto de Riza, em Milão, se aprofundou em estudos de mesmerismo, e alterou estados de consciência. Ele cooperou com a Vila Global de Bagni di Lucca por três anos, e introduziu o uso de tratamentos holísticos transpessoais (técnicas em meditação, bioenergéticos, terapia respiratória, hipnose) nos cuidados de transtornos psíquicos. Tratamentos transpessoais: diagnose e tratamento psicoterapêutico; uso integrado de técnicas de meditação, relaxamento, voz e som, bioenergéticos; técnicas respiratórias e psicofísicas adequadas a transtornos neuróticos e transtornos psicóticos de afeição, depressão, fobias, obsessões e transtornos dissociativos.


Pat Patfoort
Antropóloga flamenca belga, nascida em 1949. É docente, treinadora e mediadora a nivel internacional no campo da Trasnformação e da Gestão Não-Violenta do Conflito. Autora de diversos livros e artigos, traduzidos em vários idiomas. Co-fundadora e diretora do centro para gestão não-violenta do conflito De Vuurbloem (“La Flor de Fuego”) em Brujas, Bélgica. Dá aulas e conferências em muitas universidades do mundo (Bélgica, Itália, Holanda, Suiça, Espanha, Estados Unidos, Rússia, entre outras).

Título da Intervenção:
Educar em não-violência, não é uma utopia, mas uma escolha concreta e eficaz.

RESUMO
Educar em não-violência significa colocar verdadeiramente em prática em nossas relações com as crianças, valores tais como a escuta, o respeito, a tolerância e o amor em direção aos outros e a nós mesmos. Quando não o fazemos, em geral, não é porque não queremos, mas porque não sabemos como fazê-lo.
O método MmE (ou Maior-menor-Equivalência) nos oferece um sistema para realizar isso que desejamos tão ardente e profundamente: construir com e através de nossos filhos um mundo em que cada pessoa possa se sentir feliz por viver e desenvolver-se.
Pat Patfoort, que criou o método MmE e que o utilizou e comprovou por várias décadas em muitos lugares do mundo, com grupos múltiplos e em situações muito variadas, vem apresentar-nos este método, ilustrando-o com muitos exemplos vividos, alguns por ela mesma.

Cinzia Mion
Administradora Acadêmica, de 1974 a 2001, com atribuições em Conegliano, Perúgia e Treviso. Membro fundadora da Associação Nacional das Escolas de Administradores, em que ela serviu como vice-presidente, de 1989 até 1995, e posteriormente como presidente do Conselho Nacional da mesma associação. Atualmente é membro do Conselho. Ela presidiu o grupo que desenvolveu o Código de Éticas para a Escola de Administradores (1993), na mesma associação. Ela é uma psicóloga registrada, sob o número 1054, na Região de Veneto, desde 19/10/1993. De 1989 a 2000, Cinzia foi membro do Comitê de Igualdade de Oportunidades Mulher-Homem no Ministério de Educação, Escritório de Estudos e Planejamentos. O Comitê se preocupa com a formação do gênero de identidade de meninos e meninas, tanto quanto possível livre de estereótipos, começando a partir dos três anos de idade. A revolução cultural das Oportunidades de Igualdade começa das premissas. Ela é companheira honorária na disciplina “Psicologia da Aprendizagem”, na Universidade de Perugia – Faculdade de Educação, e professora contratada na mesma Universidade e na Universidade de Udine. Especialista e instrutora na abordagem relacional na meditação corporal com adultos (professores, profissionais de saúde, psicólogos, médicos, fisioterapeutas, etc.); instrutora em psicomotricidade relacional; especialista e instrutora no campo de dinâmicas relacionais, na forma de análise psicossocial; instrutora na administração do “Grupo como Ferramenta de Trabalho”; conhecimentos teóricos e práticos na psicologia da aprendizagem, com referência particular na abordagem sócio-cultural; conhecimentos metodológicos e de ensinos relacionados à avaliação, continuidade, intercultura, etc. É também instrutora na educação da cidadania.
Tópico
Educando os Cidadãos Hoje
RESUMO
A falta de éticas públicas que está crescendo continuamente na Itália, hoje caracteriza a dificuldade de educar os cidadãos. Uma cidadania que verifica não somente a capacidade em construir a categoria mental e a ética do bem comum – que leva em consideração seus próprios interesses e os da comunidade – mas também a evolução das características dos cidadãos, infelizmente, ainda difundida e sempre procurando proteção, privilégios, favores, dentre os verdadeiros cidadãos.  Essa transformação, a qual é baseada na ética da responsabilidade, como alternativa, deveria nos fazer sentir orgulhosos de pagar qualquer preço, tais como retirar benefícios hipotéticos, a fim de não nos escravizar. A deriva da corrente econômica neoliberalista que legitimou um individualismo desenfreado, juntamente com tendências sociais reforçadas de consumismo e conformidade, deu à luz a imprudência e o descaso pelos outros e pelo planeta. O familismo amoral histórico durante muito tempo caracterizou todo o povo italiano com a tendência a apresentar um narcisismo bastante difundido em todos os níveis, que contraria qualquer limite ético, tornando-se mais difícil de educar os cidadãos. A escola, aumentando a sensibilização para esse problema, assim como a família, deveria aceitar esse desafio essencial, o qual agora é inevitável na educação de cidadãos reais, no intuito de salvar a Itália do nó perturbador em que estamos, sob a investigação de todos, e que está nos levando cada vez mais distante da República Democrática que nossos Pais Constitucionais visionaram.

Relatores participantes na área de: Meio Ambiente

Dominique Béroule
É pesquisadora em Ciências Cognitivas na CNRS, em que desenvolveu um modelo de memória associativa de inspiração neurobiológica. Como uma ativista, ela iniciou, de 2005 a 2007, a Jornada Internacional de Oposição Coletiva para a OGM, e o “Por um Planeta Sem Doping”, em 2008.
Tópico
O Meio-Ambiente se submete ao Teste de Doping Generalizado
RESUMO
O homem moderno não pode negar a declaração de que o meio ambiente está indo de mal a pior, e que ele é o principal responsável por isso. Nossos recursos energéticos se esgotarão em poucas décadas; os recursos naturais essenciais para a sobrevivência – ar, água, vegetação – e com eles a diversidade da vida, estão sendo degradados como nunca antes foram.
No entanto, pessoas privilegiadas continuam consumindo de maneira desenfreada, seguidos, agora, pelo resto da população mundial.
Contudo, um espírito competitivo domina as relações nacionais, as quais envolvem o livre e não coordenado trabalho dos recursos naturais.
Entretanto, alguns cientistas ainda apoiam os dopings econômicos, afirmando que estes trarão soluções para os problemas relacionados ao meio ambiente. Como é possível explicar esse desenvolvimento inapropriado da sociedade em consideração à segurança do planeta?
Uma resposta pode ser encontrada em outro comportamento irracional: o do fumante que descobre os efeitos colaterais do fumo do cigarro, sem interrompê-lo.  O homem moderno, incluindo o fumante, é dominado pela procura de outra satisfação imediata, a qual implica negligenciar as consequências de seus atos a longo prazo. Ele se torna dependente de produtos produzidos pelo sistema político e financeiro dominante, bem como a química para agricultores, o crédito, a eletricidade permanente, o carro e o celular para todos.
Renunciar esse estilo de vida primeiramente implica se tornar atento aos nossos vícios e seus efeitos negativos, e, depois, encontrar substitutos para as várias “drogas” que atingem a economia, a agricultura, o transporte, a produção de energia, a telecomunicação...: modelos que respeitem o Meio Ambiente e que gerem satisfação pessoal. Essa procura por alternativas aos vários tipos de doping da sociedade atual constitui uma abordagem para o objetivo geral, em que estamos interessados aqui, ilustrados por um experimento da vida coletiva itinerante: a “AlterTour” por um planeta sem doping.
* Definição generalizada de doping: Qualquer processo que temporariamente aumenta habilidades, mas que a longo prazo gera degradação e vício.
Alessandro Ronca
Nascido em Roma em 27 de Março de 1967. Como uma criança, ele expressou uma forte curiosidade sobre como as coisas funcionam ao seu redor, e essa forte curiosidade o acompanha até hoje. É a sua sede por conhecimento que o leva a comprometer-se com várias atividades e experiências desde cedo, variando de músico a engenheiro de som e a Diretor do CET, a escola de música Mughal; de instrutor de mergulho de um hotel internacional a gerente e guia nos campos de safári na África; de Gerente de Projetos na construção de instalações de acomodação na America Central a professor de turismo e marketing em cursos comunitários; de engenheiro eletrônico a designer de passivos como prédios, biomassa, solar, vento e plantas termosolares; técnicas experimentadas no cultivo de culturas agrícolas em culturas áridas; equipamentos de baixa energia patenteados e sistemas de construção pré-fabricados. Hoje, como um especialista em energias e sistemas “renováveis”, ele projeta e produz em pleno autofinanciamento, Parque de Energia Renovável (PER – Parco dell’Energia Rinnovabile), junto com alguns amigos.
É uma estrutura turística de educação popular, em que se experimentam maneiras sustentáveis de administrar os recursos do planeta, e em que se pretende despertar o “desejo” e o “prazer” de mudar.
Tópico
A Experiência do Parque de Energia Renovável (PER), um Eco-Parque para o Cultivo de Alimentos Autosuficientes

 

Jacopo Fo
Ele é um escritor, ator cômico e diretor Italiano. Ele é filho de Dario Fo e Franca Rame. É o fundador da revista Cacao, a qual ele eventualmente conectou junto ao projeto da Universidade Livre de Alcatraz (Libera Università di Alcatraz), que foi lançado em 1979.
Jacopo Fo também publicou em parcelas, e em doze volumes, a Enciclopédia do Sexo Sublime (Enciclopédia del Sesso Sublime). Ele está envolvido na luta de solidariedade civil e social, e mantém um blog pessoal em que expressa suas próprias opiniões políticas e sociais. Ele apoia o Dia V. Ele é contra a geração de poder nuclear e é a favor da energia eólico-solar.

Tópico
As Experiências da Universidade Livre de Alcatraz na Construção de uma Nova Civilização



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