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News

 

Relatores 3. bloco

A influência do Social e Histórico Intangíveis na formação na formação da sociedade

Relatores participantes na área: Cultura


Elfo Frassino
Presidente do CONACREIS (Coordenação Nacional das Associações e Comunidades de Busca Ética, Interior e Espiritual – Itália). É prefeito do município de Vidracco (Turín), eleito pela lista da Federação de Damanhur “Con te per il Paese” (“Contigo pelo país).

 

Emanuela Fumagalli
Ativista de “Mundo sem Guerras e sem Violência”, organização pertencente ao Novo Humanismo.

 

Antonia Monopoli
Antonia Monopoli tem sido uma mulher transexual por 16 anos. Sua origem retorna a uma vila na província de Barletta-Andria-Trani. Desde Janeiro de 2009, ela possui o papel de Contato da ATM Trans Ala Milano Onlus (Organização Social Sem Fins Lucrativos), em que se oferece um serviço de aconselhamento sobre procedimentos transexuais e transgêneros. Ela lida com aqueles que realizarão o procedimento sobre a delicada questão de mudança de sexo e transexualidade. Além disso, como secretária social, ela conduz a orientação de serviços em Milão e na Região de Lombardia. Ela propôs atividades de extensão, coordenando e colaborando com diferentes departamentos na região. Desde 2002, ela luta ativamente contra a discriminação e a transfobia, expondo a si mesma na linha de frente. Antonia é frequentemente convidada, como oradora, para debates, convenções, e reuniões sobre a questão da transexualidade e transfobia. Ela colabora como uma educadora, que atua na área de educação por pares, num projeto chamado Através do Campo da ATM Trans Ala Milano Onlus, que trata de vários vícios, particularmente o da prostituição transexual. Ela participou da criação de um curta-metragem dirigido por Tinelli, intitulado Crisalidi, vencedor do Festival de Filmes de Novara, em 2005, e do Tankfestival, em 2006.

Tópico
Feminino, Masculino ou Pangênero?

 

Elie Theofilakis
Diretor de Estudos na Universidade Dauphine de Paris. Ele se especializa em estudos transdisciplinares (tecnocultura).

 

Emma Viviani
Emma A. Viviani, graduada em Sociologia pela Universidade de Pisa, uma especialista em questões de globalização e transculturalismo. Desde 1985, ela está em serviços sociais, em instituições públicas e em organizações sociais privadas como uma perita em sistemas sociais.
Sua ação visa ao aprofundamento e à ativação das experiências em grupo no campo das desigualdades sociais das questões juvenis e familiares. Desde 1966, ela presta serviços para a Ser.T (servizio tossicodipendenza) em Viareggio (Província de Lucca), em que ela desenvolve, junto com os usuários, um caminho para a recuperação baseado em uma forte ativação das relações sociais, almejando desenvolver a sua própria metodologia, fundamentada na autoprojeção dos espaços interiores e exteriores da pessoa.
Em 2005, ela estabeleceu a Associação Fênix (Associazione Araba Fenice), uma organização sem fins lucrativos dedicada à reabilitação de prisioneiros e ex-delinquentes com problemas de dependência de drogas. Fazendo parte da Associação Nacional de Sociólogos, ela realiza atividades a fim de promover a cooperação cultural com o Laboratório Toscano de Sociologia, com autoridades locais e com a Associação da Versilia.
Da mesma forma, ela colabora com diários científicos e periódicos de sociologia. Ela possui numerosas publicações. É a autora de peças e textos humorísticos, os quais ganharam vários prêmios de nível nacional. Ela é co-autora do livro Il Parco Sociale La Fenice a Viareggio (publicado pela Fundação Michelucci de Florença, 2007), seguindo seus outros trabalhos, Láurea honoris casa, (Editora Ibiskos, 2008), e Uma tribù all’ ombra delle foglie di coca, (Editora ETS, Pisa, 2010).
Título da intervenção
Cidade, marginalização, auto-projeção: Por uma nova cultura do território.

RESUMO
A marginalização se vive não somente como um fenômeno social (e institucional), como também espacial e cultural, que produz formas de vida originais e criativas, as quais se forem aproveitadas, podem ser convertidas em elementos inovadores no tecido urbano e propulsores de energias novas para a cidade. A força necessária para gerar uma mudança no espaço social e cultural é notável, e cresce lentamente no âmbito dos micro-fenômenos sociais, os quais a cidade nem sempre presta atenção, já que se sente resguardada por seus vigias e fortes, através do controle institucional e da segurança. Cria-se uma tensão entre potências equivalentes: por um lado, a cidade exclui e despreza a diversidade, mas pelo outro é precisamente de sua resistência, das profusas energias da marginalidade, que a cidade terá garantida sua sobrevivência; os guetos nova-iorquinos são exemplos concretos disso; assim como os bairros da Venezuela. Estes são exemplos de lugares excluídos que vivem a margem da cidade “formal”, em um mundo paralelo, conservando as tradições africanas e dos povos tribais. São precisamente estes mundos feitos por personagens não aceitos pela cidade, por que não cumprem os requisitos para acessar a ela, os que desenham no tecido urbano novas tramas de vida: ricas de cultura, de sabores e sons diversos; onde se mantêm vivas as tradições e as culturas de um povo. Estes novos elementos, a principio desprezados, se difundiram lentamente e geraram novas modas, como Blues, o Jazz, o Rap... Geralmente são as gerações jovens as que captam as inovações provenientes do mundo da periferia, dos guetos nova-iorquinos, as que se convertem em mediadores entre a cidade institucionalizada e a informal. Construir a cidade começando pelos “excluídos” não é uma utopia ideal, senão concreta: uma necessidade.
Emma Viviani, que dirigiu a experiência do PARQUE SOCIAL EL FÊNIX em Viareggio, em colaboração com a FUNDACION MICHELUCCI DE FLORENCIA e a UNIVERSIDADE DE PISA, faz um traçado metodológico de auto-projeção, tanto dos espaços externos e internos da pessoa, levando em consideração a sustentabilidade humana além da ambiental e social.

Relatores participantes na área: Espiritualidade

Sergey Nizhnikov
Licenciado em 1989 em Filologia e em 1993 em Filosofia na Universidade da Amizade entre os Povos, Rússia, consegue o doutorado em Historia da Filosofia com a tese “Metafísica da fé na filosofia russa”. Na mesma universidade começa sua atividade didática e, a partir de 2003, é professor de Historia da filosofia e filosofia política (ministrando o curso “Protótipos das culturas filosóficas do Oriente e do Ocidente”, entre outros) no Departamento de Historia da Filosofia. Recebeu fundos para a pesquisa por parte do Ministério da Educação, a “Russian Foundation of Humanities” e o “ISE-Center” de Moscou, para desenvolver estudos sobre a interação intercultural e a globalização e sobre seus aspectos filosóficos e metafísicos. Publicou diferentes artigos científicos, principalmente sobre conhecimento espiritual e filosófico e sobre o diálogo cultural entre o Oriente e o Ocidente. É, ainda, um estudioso de Kant e de sua metafísica da fé. Expôs seus trabalhos em congressos internacionais de filosofia na Turquia, nos Estados Unidos, na Rússia, na Coreia do Sul. É membro da Sociedade Filosófica russa.

Título da intervenção:
Os riscos do conhecimento espiritual em diferentes culturas

RESUMO
Ainda que pareça que o conhecimento espiritual e seus métodos se diferenciem muito, dependendo do tipo de cultura e tradição existentes; e mesmo que tal ponto resulte ser impossível encontrar alguma coesão, a análise da cultura e da  filosofia oriental e ocidental, antiga e moderna, leva à compreensão substancial da coesão do conceito do espiritual e do seu conhecimento, que é próprio do ser humano e da humanidade em geral. O conceito do conhecimento espiritual se divide nos diferentes ramais de sua realização, mas em tantos campos diversos e contraditórios, quantos são a filosofia, a religião e a arte, se se observa sua  coesão interior, a qual representa o espiritual como tal.
O conhecimento espiritual é o sentido e a forma culminante da manifestação da vida humana consciente. Não está fora ou acima da vida, e sim em sua própria substância, que se abre somente no processo da transcendência. A vida subiu ao nível espiritual por meio do ser humano, para se compreender a si mesmo e, a partir desta autoconsciência, chegar a um novo salto qualitativo em seu desenvolvimento evolutivo. O conceito do conhecimento espiritual não se considera como uma categoria metafísica (o espírito), e sim se define como o processo do conhecimento de si mesmo, que leva ao desenvolvimento da essência do ser humano. A categoria da essência humana é o principal conceito ao redor do qual se estrutura todo o variado conjunto de problemas do conhecimento espiritual. Neste conhecimento se embasa o humanismo como concordância entre a existência do ser humano e sua essência. O ramo do conhecimento espiritual pertence à esfera do raciocínio, que se situa acima da vida empírica do ser humano. Mas na verdade é sua realização, seu sentido e sua essência. O conceito do conhecimento espiritual se elabora e se aperfeiçoa dependendo da profundidade e capacidade do raciocínio do ser humano na História. A esfera do raciocínio produz, ainda, a problemática espiritual – interpretada, em filosofia, com conceitos através do pensamento; em religião, em forma de símbolos e imagens, através da fé. As ideias metafísicas da filosofia e os símbolos religiosos têm coesão espiritual, porque tanto um quanto o outro  pertencem à esfera do raciocínio, cujos conceitos principais são: o conceito de Deus e a categoria da existência, ou segundo a filosofia de Aristóteles “da essência”.
Os conceitos antes mencionados são as analogias da natureza humana; seu conjunto de problemas e contradições que repercutem nos problemas e contradições da vida do ser humano, e sua posição no mundo. O conhecimento espiritual e o desenvolvimento da essência humana levam ao protótipo espiritual da humanidade. Este protótipo reúne dentro de si mesmo a Verdade, a Bondade e a Beleza, sintetizadas pelo Amor. Reúne, ainda, a religião, a filosofia e a arte como diferentes formas de conhecimento espiritual. É necessário destacar as principais características do conhecimento espiritual, tais como transcendência e existência. No processo da transcendência o ser humano sai dos limites de sua vida pessoal, amplia os horizontes da consciência, abre sua imanência, mas somente se isto afetar a sua própria existência.
O sentido do fenômeno espiritual, em outras palavras, é a atitude do ser humano em direção a sua própria vida, seu Eu e o mundo no qual vive. O conhecimento espiritual se revela através da compreensão, por parte do ser humano, do sentido de sua própria existência, e expressa sua atitude em cada momento de sua própria vida desde o ponto de vista da Eternidade. E esta atitude não é induzida a partir do exterior, mas sim acaba por ser o fundamento da própria vida, a essência imanente que se ao transcendental.

Sasha Volkoff
Engenheiro de Computação. Co-fundador e presidente do Centro de Estudos Humanistas de Barcelona. Membro do Grupo de Promoção do Centro Mundial de Estudos Humanistas.
Estudioso da psicologia do Novo Humanismo por mais de 20 anos, publicou suas conferências “O Comportamento Irracional” e “Kant e a Ética Atual” nos volumes “Fronteiras da Injustiça” e “Faróis do Pensamento”, ambos editados pelo Liceu Joan Maragall de Filosofia da Catalunha.
Desenvolveu e coordenou oficinas de “trabalho pessoal” em vários países latinoamericanos, na Europa e na África. Nascido na Argentina, vive atualmente em Barcelona.

Título da intervenção

Raízes espirituais de uma cultura não violenta


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