Relatores 1. bloco
Conhecimento e sua aplicaçãoRelatores participantes na área: Ciência e Tecnologia
Físico Nuclear. É profesor de Física na Universidade de Florença. Publicou vários livros e desenvolveu investigações em diversas áreas da Física, da História e da Crítica da Ciência. Há muitos anos se ocupa do problema dos armamentos nucleares e das relações internacionais, com uma participação ativa no movimento pela Paz e o Desarmamento. Escreve regularmente em revistas dedicadas a este tema. Escreveu vários livros sobre o tema nuclear, entre os quais se encontra: A volte ritornano: il nucleare. La proliferazione nucleare, Ieri, oggi e soprattutto domani (“Às vezes, voltam: o nuclear. A proliferação nuclear. Ontem, hoje, e, sobretudo, amanhã”). Apoiou a campanha contra o Escudo Espacial na Europa e aderiu à Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência.
Título da intervenção:
Construir juntos as bases e o método de uma ciência nova, para uma justiça planetária e ambiental
A Ciência moderna é o produto da sociedade ocidental e assimilou a lógica da exploração dos recursos e do trabalho humano com o objetivo de obter ganho. Esta lógica está provocando a destruição do ambiente e dos recursos, ao mesmo tempo em que promove um tipo de desenvolvimento que agrava as injustiças sociais, a opressão do homem pelo homem, os danos, as enfermidades, as guerras. Uma ciência capaz de inverter estes paradigmas e métodos não pode ser resultado do trabalho de uma comunidade de especialistas distante da sociedade humana, como é a atual comunidade científica que, em seu fazer, na alarmante maioria dos casos, submeteu-se aos interesses das classes dominantes e à sua lógica de opressão e exploração. Se esta lógica não mudar, o futuro do gênero humano, do ambiente natural e do planeta, correrão sérios riscos. Não resta um só caminho para inverter a tendência, enquanto tenhamos tempo. Agora, mais do que nunca, é necessário que os indivíduos organizados no tecido social – acima e além de limites geográficos e diferenças de qualquer tipo – consigam expressar necessidades coletivas fundadas na igualdade, na justiça, no equilíbrio com o ambiente e construir sobre elas uma nova ordem, uma nova cultura, novos conhecimentos e nova práxis. É difíil prever quais poderão ser as bases e os conteúdos de uma nova ciência fundada sobre tais princípios, já que, em toda história passada, as necessidades das massas, como os direitos fundamentais das pessoas, os equilíbrios da natureza, foram negados, oprimidos materialmente ou distorcidos de maneira subreptícia pela retrita elite planetária que tem o poder. A humanidade deverá adquirir a consciência e a força para impor como princípios fundamentais o respeito e o desenvolvimento do indivíduo, sua saúde e equilíbrio, a recuperação de uma relação harmoniosa com a natureza e seus recursos. Os conhecimentos e métodos da nova ciência deverão, em primeiro lugar, adequar-se aos mecanismos e processos da natureza e não forçá-los para sua exploração com a presunção dos Aprendizes de Bruxos (quando não se convertem, inclusive, em Doutores Strangelove), que crêem ser melhores do que a natureza, enquanto provocam reações cada vez mais graves e irremediáveis. O desafio parece titânico porque o Moloch que domina o mundo acumulou uma força sem precedentes e mostra-se decidido a prosseguir seu caminho com todos os meios:a única força que temos é a razão e, certamente, não existe outra via!
Pietro Chistolini
Euclides e a ameba: diálogo improvável em torno aos fundamentos da geometria e do espaço na cultura ocidental.
RESUMO
Tomando como pretexto a geometria euclidiana, se expôe alguns aspectos que marcaram fortemente a civilização ocidental. Os axiomas e os teoremos euclidianos são considerados pelo pensamento ocidental quase um texto sagrado. Toda a história do Ocidente, e da ciência em particular, pode ser lida como uma tentativa de dar um caráter geométrico, matemático, ao mundo. Porém, talvez ainda mais interessante e, por certos aspectos, surpreendente, possa ser a reflexão em torno a essa narração pluri milenar, gerada a partir da observação do que sugere um simples organismo unicelular: a ameba.
Em 2007 fundou “Grilli biellesi” (http://www.grillibiellesi.org/), uma associação sem fins lucrativos, de voluntariado, para o compromisso cívico e a tutela dos direitos dos cidadãos, cujos temas de interesse são: energia, informação, desacordos, conectividade e a tutela da água como direito à vida.
Desde 2008 trabalha em Verona, em uma media farm, como diretor e programador web, interessado nos novos meios de comunicação e no papel das tecnologias na sociedade.
Em 2009 recebeu o diploma de informática na Universidade de Verona, departamento de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais, com o título da tese Open source implementations of encoding algorithms for video distribution in the HTML5 era. Neste mesmo ano, ganhou uma competição internacional de blogging e jornalismo, organizada pelo Centro Europeu para o Jornalismo e foi enviado ao COP15 de Copenhague para cobrir os acontecimentos da conferência sobre o clima (http://federicopistono.org/).
Desde maio de 2009, é o coordenador italiano do Movimento Zeitgeist (http://zeitgeistitalia.org/), movimento internacional que se define como o braço ativista do Projeto Vênus. O projeto Vênus é uma organização sem fins de lucro que propõe um plano de mudança social, buscando uma civilização pacífica e sustentável através da utilização consciente da tecnologia, convidando a um completo redesenho de nossa cultura, em que os velhos problemas de guerra, pobreza, fome, dívida e sofrimento humano não necessário são vistos não só como evitáveis, mas também como absolutamente inaceitáveis.
Em julho de 2010, a pouco mais de um ano de sua fundação, o Movimiento Zeitgeist conta con mais de 420 mil inscritos em todo o mundo.
O Projecto Vênus e o Movimento Zeitgeist